São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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Líder em investimento sai de empresa privatizada

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O Banco Bozano, Simonsen, que liderou as participações do setor bancário nas privatizações brasileiras, já saiu da maioria das empresas nas quais investiu.
Segundo informações do mercado não contestadas pela direção do banco, o lucro obtido com os investimentos foi de aproximadamente US$ 500 milhões.
O Bozano coordenou o grupo que arrematou a Usiminas em leilão realizado em outubro de 91 e comprou para ele mesmo 7,6% do capital da siderúrgica. Comprou também 25,4% do capital da Companhia Siderúrgica de Tubarão.
Outros investimentos em privatizações foram na Escelsa (Espírito Santo Centrais Elétricas), na Embraer e na Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista).
Os investimentos do Bozano não foram feitos diretamente pelo banco, mas pelo grupo que ele lidera.
Segundo ele, a decisão de sair das três primeiras participações compradas em privatizações não significa que o grupo Bozano abandonou essa opção de investimento. Ferraz disse que as saídas foram decisões baseadas apenas na lucratividade que elas poderiam dar.
Além do Bozano, outros bancos que participaram das privatizações já venderam as participações compradas. Foi o caso do Bamerindus, que já nos primeiros sinais da crise que acabou levando à sua venda vendeu a participação de 9,1% que comprara na CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
Também os bancos Safra e Boavista (outro que acaba de ser vendido) já se desfizeram dos 42,8% de participações que detinham em partes iguais no capital da empresa aeronáutica Celma.
(CS)

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