São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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Agentes estimulam aleitamento

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma maneira eficaz para aumentar o aleitamento e o estímulo ao bebê entre mães de baixo poder aquisitivo é formar agentes comunitárias integrantes da mesma sociedade, conclui a tese de Aida Victoria Garcia-Montrone, 46.
Victoria elaborou um programa de ensino depois de estudar conhecimentos, atitudes e mitos de 117 mulheres de baixo nível socioeconômico em relação ao aleitamento e à estimulação do bebê.
"A maioria tinha algum conhecimento sobre o aleitamento, mas não sobre a estimulação e desenvolvimento do bebê."
O estímulo é o ato que visa desenvolver as capacidades e faculdades da criança: conversa (voz), carinho (tato), entre outros.
O programa foi aplicado a um grupo de cinco mulheres, em um centro comunitário de São Carlos (interior de SP). Elas passaram a atuar na comunidade como promotoras, ensinando mães a amamentar e estimular seus bebês até os seis meses de idade.
"Escolhi trabalhar com promotoras de uma comunidade de nível socioeconômico também baixo porque acredito que elas são o elo mais importante para que ocorra uma mudança no comportamento de amamentar e estimular os filhos", diz Viviane.
O resultado foi positivo. Das oito mães que foram orientadas e assistidas pelas promotoras, seis continuavam amamentando a criança aos seis meses de idade.
A avaliação mostrou que as promotoras foram capazes de resolver problemas como ingurgitamento mamário, pouco leite e rachadura. "Elas também seguiram as orientações de realizar atividades de estimulação do bebê. O programa de formação de agentes traz grande benefício, contribuindo para a melhora de condições de saúde da comunidade."

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