São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997 |
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Três paulistas e um carioca fazem enredo da Mangueira
FERNANDA DA ESCÓSSIA
No concurso do fim-de-semana, venceu o samba de três compositores paulistas (Nélson Rosa, Villas-Boas e Nélson Csipai) e um carioca (Carlinhos da Camisa). Foi a primeira vez que a escola aceitou competidores que não eram da comunidade. Houve 65 sambas concorrendo. "Foi como comemorar gol do Corinthians em final de campeonato, depois de 22 anos sem título", disse Nélson Rosa. A vitória do samba "paulista" provocou alguns protestos. O trecho mais criticado da letra diz: "Vem buarquiando com muito axé". "Isso não lembra o Chico, lembra música baiana", disse o compositor Moacyr Luz. "O samba não tem fronteiras", disse dona Zica da Mangueira, elogiando o intercâmbio com São Paulo. Leia abaixo a letra: "Chico Buarque da Mangueira" Mangueira despontando na avenida Ecos como canta um sabiá Lira de um anjo em verso e prosa Faz toda a galera balançar Hoje o samba saiu Pra falar de você Grande Chico iluminado E na Sapucaí, eu faço a festa E a minha escola chega dando o seu recado É o Chico das artes... o gênio Poeta Buarque... boêmio A vida no palco, teatro e cinema Malandro sambista carioca da gema Marcando feito tatuagem Acordes do seu violão Chico abraça a verdade Com dignidade contra a opressão Reluz o seu nome na história A luz que ficou na memória E hoje o seu canto de fé, de fé Vai buarquiando com muito axé O lá, lá... vem pra avenida Ver meu guri desfilar O lá, lá... é a Mangueira Fazendo o povo sambar Texto Anterior: Dupla assalta estacionamento do clube Corinthians em SP Próximo Texto: Coquetel falha em 50% do HIV tratado Índice |
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