São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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Acirra briga no mercado de sorvetes

Importado ganha espaço

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado brasileiro de sorvetes está se diversificando. Marcas importadas, gelaterias italianas e sorvetes por quilo são segmentos que começam a se destacar em um mercado liderado pelo produto industrializado.
O mais recente passo foi dado na semana passada, com a chegada da Hãagen-Dazs, marca norte-americana de sorvetes.
A empresa começou com produtos importados, vendidos em supermercados e lojas de conveniência, e deve abrir sua primeira sorveteria no país em um ano.
A Parmalat, que lançou sua primeira sorveteria no início do ano passado, inaugura hoje (segunda-feira) sua quarta loja, no shopping Morumbi, em São Paulo.
A filial brasileira, que é a primeira do grupo italiano a produzir sorvetes, deve terminar o ano com dez sorveterias.
"Entramos neste segmento por exigência do consumidor", diz Marian Ahnad Ali, diretora operacional da gelateria Parmalat.
Barulho
Os exemplos comprovam que essas empresas, apesar de sua pequena participação estatística, já fazem barulho.
Gelaterias e marcas importadas representam cerca de 1% do mercado nacional de sorvetes.
Os industrializados, liderados pela Kibon, vendem 200 milhões de litros por ano e faturam o equivalente a US$ 750 milhões.
"Trouxemos um produto inovador, que ainda não existia no mercado", diz o italiano Giovanni Santucci, sócio da sorveteria Sottozero, que importa da Itália as matérias-primas para os sorvetes.
A Sottozero inaugurou sua primeira loja no final de 1994, em São Paulo, vendendo 48 sabores de sorvetes.
Hoje, são cinco lojas -a empresa cresce pelo esquema de franquias- e 80 sabores.
Competição
A chegada das gelaterias, ainda, levou a tradicional Brunella a se reformular.
A empresa investiu US$ 1 milhão para modernizar o seu layout e mudar o interior das lojas. Agora, o consumidor pode ver o sorvete no balcão, antes de escolher o sabor.
"Também mudamos a apresentação do sorvete, que agora é decorado com frutas ou chocolate", diz Walter Freoa, gerente-geral da Brunella. Ele admite que a concorrência motivou as mudanças.

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