São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997 |
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Menem usa papa e Clinton
DE BUENOS AIRES A estratégia de Carlos Menem para evitar uma derrota do seu governo nas eleições não se resume a ataques pessoais contra seus adversários: a política externa também está sendo usada.O presidente reservou espaço na sua agenda para dois encontros internacionais importantes: com o papa João Paulo 2º e com o presidente dos EUA, Bill Clinton. Nascido em uma família muçulmana, Carlos Menem se converteu ao catolicismo nos anos 80. Seus assessores explicam que sua conversão religiosa teve um objetivo definido: viabilizar sua candidatura à Presidência da República (a Constituição do país obriga que os candidatos sejam católicos). Na sua quarta visita ao papa, ocorrida anteontem, ele queria reforçar uma imagem de proximidade com a Igreja Católica -bastante influente na Argentina-, apesar das críticas feitas ao seu governo pelos bispos do país. Menem iria discutir com o papa uma maior abertura política e religiosa em Cuba, sua oposição ao aborto e seu apoio à posição do papa a favor da família como principal alicerce da sociedade. Com Clinton, com quem se encontra esta semana, a maior parte da agenda será destinada a passeios na região de Bariloche -uma das principais cidades turísticas do país. Texto Anterior: Campanha na Argentina vira bate-boca Próximo Texto: Estrangeiros aprendem a lucrar na Rússia Índice |
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