São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
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Polícia responde com estatísticas

DA "REUTER"

O chefe da Polícia Judiciária da Cidade do México admite a percepção popular da criminalidade, mas apresenta estatísticas que mostram uma redução dos homicídios neste ano, comparado com 1996 ou com o ano anterior.
Luis Roberto Gutierrez Flores, general de uma estrela do Exército que assumiu o principal corpo investigativo da cidade há três anos, diz que os crimes contra o patrimônio aumentaram apenas um pouco neste ano, depois de um salto de 35% em 1996.
O general acusou os meios de comunicação pelo estado de quase histeria da população. "Um mês de bom trabalho policial pode se perder sob o peso de um único grande caso. Sou o chefe de polícia e vejo isso todo o tempo."
"O Justiceiro Anônimo"
Ele mencionou o caso do "Justiceiro Anônimo", que foi seguido por dois incidentes semelhantes, que Gutierrez considera uma coincidência, mas que os tablóides insistem em relacionar.
"Não há nenhum justiceiro anônimo", afirma o general Gutierrez Flores. "Em cada caso foi uma pessoa diferente, que, por razões distintas, estiveram em incidentes semelhantes."
"A delinquência está pior do que nunca", diz Socorro Rodriguez, uma empregada doméstica cuja irmã foi assaltada há um mês.
Maria Teresa Garcia, uma esteticista, disse ter sido roubada duas vezes a mão armada dentro de ônibus. Nem ela nem qualquer dos outros passageiros preocupou-se em chamar a polícia, porque consideraram isso uma "perda de tempo", afirmou.
"Por que ir à polícia se eles não vão fazer nada?", pergunta.

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