São Paulo, segunda-feira, 13 de outubro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Museu cultua raiva contra os espanhóis

Acervo retrata pré-colombianos

SYLVIA COLOMBO
DA ENVIADA ESPECIAL AO MÉXICO

Tláloc, o deus pré-colombiano da chuva, espera na porta. A grande estátua de pedra recebe os visitantes na entrada do Museu Nacional de Antropologia, onde está guardado o acervo histórico mais representativo da história do país.
Ao lado dele, um lago representa o local a partir do qual se originou a Cidade do México. Segundo a lenda, os astecas teriam encontrado ali uma águia devorando uma serpente, sinal que esperavam há tempos e que indicaria onde deveriam se estabelecer.
Resgate indígena
O museu, fundado em 1964, ao lado do bosque de Chapultepec, concretiza um interesse anterior pela antropologia por parte dos mexicanos.
Desde a Revolução Mexicana, em 1910, o nacionalismo e a negação do passado espanhol levaram ao resgate do passado indígena e pré-colombiano do país. Daí um impulso, com apoio governamental, ao estudo da antropologia, da história e da arqueologia.
O primeiro piso do edifício é dedicado a populações pré-hispânicas. Não somente objetos de uso cotidiano ou religioso compõem o cenário. Pedaços inteiros e reproduções de templos e pirâmides foram transferidos para lá.
Calendário
No centro da sala dedicada aos mexicas encontra-se o Calendário Asteca, figura reproduzida em milhares de suvenires do México e talvez a peça mais conhecida daquela civilização.
O detalhe é que, na verdade, de calendário a peça não tem nada. Trata-se da Pedra do Sol, que era usada para cerimônias religiosas e cujos símbolos não representam a passagem dos dias e dos meses.
No segundo andar, encontram-se exposições etnográficas sobre índios que ainda vivem em território mexicano.
O museu também possui uma pequena livraria, mas as melhores publicações relacionadas a ele podem ser encontradas na livraria do Aeroporto Internacional da Cidade do México. O museu vende basicamente o catálogo e outras publicações menores.
O museu abre de terça a domingo, das 9h às 19h, e aos domingos, das 10h às 18h.

Texto Anterior: Polícia responde com estatísticas
Próximo Texto: Feridas ainda sangram no México de Paz
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.