São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 1997
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Incêndio mata 2 e fere 30 na Bahia

Grávida de 5 meses e criança de 3 anos foram vítimas

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Um incêndio ocorrido na madrugada de ontem, perto do centro histórico de Salvador (BA), provocou a morte de uma comerciante grávida e de uma criança de 3 anos.
O incêndio deixou ainda 30 feridos. Dois deles estão internados em estado grave no HGE (Hospital Geral do Estado).
As chamas destruíram completamente um casarão construído há 66 anos na rua da Gameleira (região central).
No casarão funcionava um pequeno hotel, segundo informações da Codesal (Coordenadoria Especial de Defesa Civil).
Morreram em consequência do incêndio Alysson da Silva Santos, 3, e a comerciante Luciana Vieira dos Santos, 25.
Segundo andar
Luciana, que estava grávida de cinco meses, não suportou o calor provocado pelas chamas e tentou se salvar pulando do segundo andar do prédio.
Socorrida pelos bombeiros, ela morreu antes de ser atendida pelos médicos.
Segundo a Codesal, as causas do incêndio somente serão divulgadas depois que os peritos concluírem o laudo técnico.
"O mais provável é que um curto-circuito tenha provocado as chamas", disse a engenheira de segurança da Codesal, Ivone Lemos.
A engenheira disse também que existe a possibilidade de o incêndio ter sido provocado pela explosão de um botijão de gás.
Muito rápido
"Foi tudo muito rápido. Ouvi um barulho muito forte e logo em seguida as chamas avançaram sobre o telhado do prédio", disse a dona-de-casa Elza Ferreira.
Os feridos no incêndio foram cadastrados pela Codesal e encaminhados à Setras (Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social).
Por medida de segurança, os técnicos da Codesal e os bombeiros interditaram ontem todos os acessos à rua da Gameleira.
Interditaram também o estacionamento de veículos que funciona em um local próximo ao prédio incendiado.
O laudo que vai apontar as causas do incêndio somente deverá ser divulgado dentro de uma semana.
Sem pressão
Os bombeiros chegaram à região 20 minutos após o incêndio.
Devido a esse problema, os bombeiros tiveram de buscar água a 800 metros do hotel incendiado, na praça da Piedade (região central).
Só depois de duas horas, todos os focos de incêndio foram controlados.

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