São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 1997 |
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Mercado em jogo é de R$ 156 mi
ROGÉRIO GENTILE
Com esse dinheiro, para efeito de comparação, seria possível construir 1,5 quilômetro de metrô. Nos últimos dois anos, os perueiros "roubaram" 900 mil passageiros por dia das empresas de ônibus (a prefeitura diz que o número é menor: cerca de 540 mil). Segundo os cálculos das empresas, isso significa uma perda mensal de faturamento de cerca de R$ 20 milhões. Hoje, para transportar todo mês cerca de 140,5 milhões de passageiros, as empresas recebem cerca de R$ 136 milhões. Os empresários dizem que a culpa pela perda de passageiros é da prefeitura, que regulamentou parte dos perueiros, e não estaria combatendo os clandestinos. Não dizem, porém, que esse público migrou em busca de um transporte mais confortável (ninguém viaja de pé), mais rápido e, no caso dos ilegais, mais barato. E se recusam a investir em ônibus melhores, para tentar trazer de volta o passageiro que migrou. O problema da lotação é que não é um meio de transporte de massa, levando até dez pessoas por viagem. Como, na prática, acabam substituindo os ônibus, contribuem para o aumento dos congestionamentos. A prefeitura, por sua vez, por causa da crise financeira, praticamente não investiu em corredores exclusivos neste ano, o que ajudaria a aumentar a velocidade comercial dos ônibus. Texto Anterior: Protesto de perueiros pára centro de SP Próximo Texto: Manifesto das empresas acusa 'decomposição' do transporte Índice |
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