São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 1997 |
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Diretor roda 'faroeste de ficção científica'
ADRIANE GRAU
"A maioria dos cineastas busca inspiração em outros filmes", diz o produtor Bolt sobre as semelhanças do longa com "O Iluminado" e as referências a "O Exorcista". Produtor e diretor realizaram o filme com orçamento recorde. "Enigma" custou US$ 45 milhões, dos quais US$ 7,5 milhões foram usados em 300 cenas de efeitos especiais, finalizadas em dez meses. "Nos EUA, teria custado US$ 15 milhões e demorado o dobro", diz o produtor. A barganha foi possível porque os designers ingleses queriam garantir uma fatia no mercado dominado pelos americanos. "O que diferencia esse filme é que a estrela são os efeitos especiais", afirma Bolt. "Não tivemos que pagar grandes cachês para ninguém." Anderson classifica o desenvolvimento dos efeitos que simulam nuvens como uma contribuição a ser usada em outros filmes daqui para a frente. "Água, fogo e nuvens são as coisas mais difíceis de serem criadas artificialmente", diz. "Uma das cenas foi refeita 20 vezes, e há 30 elementos visuais realizados por computador." Além de barato, "Enigma no Horizonte" é curto, dura apenas 94 minutos. "É divertido e rápido como ir ao inferno numa montanha russa", afirma Bolt. O filme estreou nos EUA e na Inglaterra arrecadando apenas US$ 13 milhões de bilheteria. "A campanha publicitária não atingiu o público jovem", analisa Bolt. "Precisaríamos mostrar que é um filme de terror." A mesma dupla começa a filmar "Soldier" no fim de janeiro, em Los Angeles. Segundo o produtor, trata-se de um "faroeste de ficção científica", que acontece em outro planeta, daqui a cem anos. "Trataremos da conquista desse outro planeta por pessoas que abandonaram a Terra e são como os pioneiros do Oeste", diz Bolt. O filme, escrito em 84, terá o ator Kurt Russell no papel principal. Texto Anterior: "O Enigma" se perde na religião Próximo Texto: Realidade inusitada sugere final infeliz Índice |
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