São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 1997
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Contraste anima o óbvio 'Nada a Perder'

DO "USA TODAY"

Não há dupla mais esquisita do que Tim Robbins e Martin Lawrence em "Nada a Perder", comédia que estréia hoje e que deve seus louros às estrelas que protagonizam a trama.
Robbins e Lawrence combinam tanto quanto brócolis e sorvete. O surpreendente é que os atores encontraram um ritmo comum a suas personalidades contrastantes.
Eles podem não estar prontos a substituir Walter Matthau e Jack Lemmon (especialmente devido às tão faladas crises emocionais de Lawrence durante as filmagens), mas garantem bons momentos cômicos ao filme.
O diretor e escritor Steve Oedekerk amadureceu como realizador de filmes desde "Ace Ventura: Quando a Natureza Chama".
Então, por pelo menos 20 minutos, "Nada a Perder" parece coeso, e não apenas uma reunião de situações engraçadas.
Robbins é Nick Beam, um sossegado publicitário cujo mundo desaba depois que ele descobre que a mulher (Kelly Preston) o trai com o chefe. Dele.
Beam fica transtornado, dirige sem rumo certo e chega a uma área barra-pesada de Los Angeles, onde acaba com uma arma na cabeça, na mira do ladrão de carros T. Paul (Lawrence).
Não é necessário ser especialista em humor para saber que Robbins vai virar a mesa e transformar Lawrence em refém. Sob comando do publicitário, eles vão ao Arizona, discutindo o tempo todo.
"Está claro que você tem problemas com mulheres", diz T. Paul a Beam. Mas acabam se dando bem. Ao menos, é o que parece, depois que assaltam juntos.
Sem arriscar, Oedekerk confia em piadas de riso fácil. E a trama fica ainda mais manjada quando é revelado que T. Paul é um pai de família frustrado, que não consegue emprego.
Filme óbvio, mas Lawrence segura bem o papel, como um palhaço talentoso.

Tradução Denise Mota

Filme: Nada a Perder
Produção: EUA, 1997
Direção: Steve Oedekerk
Com: Tim Robbins, Martin Lawrence, Giancarlo Esposito, Kelly Preston
Quando: a partir de hoje, nos cines Center 3, Lar Center 1, Astor e circuito

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