São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997 |
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Cidades terão R$ 350 mi para emergência
LARISSA PURVINNI
O anúncio foi feito durante o encontro "A Nova Realidade Econômica da Assistência Médica", no Hotel Maksoud Plaza, sábado, em São Paulo. Segundo Albuquerque, a verba será destinada ao atendimento pré-emergencial feito com ambulâncias especiais em cidades com mais de 200 mil habitantes. O ministro também disse que 4.169 municípios com menos de 20 mil habitantes começam a receber em 7 de novembro a "farmácia básica", constituída de 40 medicamentos. Segundo ele, os medicamentos serão enviados pelo correio aos postos de saúde. O projeto já havia sido anunciado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso no dia 5 de agosto, no programa de rádio "Palavra do Presidente". Na ocasião, FHC afirmou que os municípios receberiam o kit a partir da segunda quinzena de agosto. Durante o encontro, Albuquerque falou também do projeto hospital-dia. Segundo ele, já há dois hospitais públicos e um particular participando do programa. Segundo o ministro, a experiência com atendimento domiciliar feita hoje equivale a um hospital de mil leitos, com custo 60% mais baixo do que o da internação. Depois de defender um sistema misto de financiamento e prestação de saúde, com a participação de governo e empresas privadas, o ministro ressaltou o papel do município como principal financiador do sistema governamental de saúde (leia texto abaixo). Depois do pronunciamento do ministro, Francisco Balestrim, vice-presidente executivo da Hospitalium, apresentou dados sobre assistência médica privada. Segundo ele, o setor privado é responsável pelo atendimento de 40,3 milhões de pacientes no país. Ele afirmou que na década de 60, esse número era 200 mil pacientes. Segundo ele, a tendência é que, nos próximos anos, o setor privado tenha de controlar custos, melhorando a qualidade. O cirurgião Raul Cutait, 47, do Hospital Sírio Libanês, um dos organizadores do evento, falou sobre a integração dos setores público e privado. Segundo Cutait, um dos pontos principais é reforçar a municipalização e criar uma lei de incentivos fiscais. "É preciso levar em conta que eles (os incentivos fiscais) servem para acelerar a economia ou desenvolver o setor social. É necessário que, fazendo as contas no fim do mês, atender pacientes do SUS não seja um negócio tão péssimo assim para as empresas privadas." Texto Anterior: Pesquisa ajuda escola pública Próximo Texto: Município deve financiar saúde, afirma ministro Índice |
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