São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 1997
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Cidades terão R$ 350 mi para emergência

LARISSA PURVINNI
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Saúde, Carlos Albuquerque, anunciou a aprovação de recursos de R$ 350 milhões para o Programa de Emergência e Trauma. Segundo ele, o programa deve começar ainda neste ano.
O anúncio foi feito durante o encontro "A Nova Realidade Econômica da Assistência Médica", no Hotel Maksoud Plaza, sábado, em São Paulo.
Segundo Albuquerque, a verba será destinada ao atendimento pré-emergencial, a ser feito com ambulâncias especiais em cidades com mais de 200 mil habitantes.
O ministro também disse que 4.169 municípios com menos de 20 mil habitantes começam a receber, em 7 de novembro, a "farmácia básica", com 40 medicamentos.
O projeto já havia sido anunciado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso no dia 5 de agosto, no programa de rádio "Palavra do Presidente". Na ocasião, FHC afirmou que os municípios receberiam o kit a partir da segunda quinzena de agosto.
Depois de defender um sistema misto de financiamento e prestação de saúde, com a participação de governo e empresas privadas, o ministro ressaltou o papel do município como principal financiador do sistema público de saúde.
Segundo Albuquerque, Estados e federação deverão apenas cooperar com o município.
O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Masato Yokota, questionou essa posição. Para ele, faltava uma perna no modelo descrito. Ele perguntou sobre o nível de empenho do ministério na aprovação da PEC 169 -proposta de emenda constitucional que vincula parte da arrecadação de Estados, municípios e União à saúde.
O cirurgião Raul Cutait, 47, do Hospital Sírio Libanês, um dos organizadores do evento, falou sobre a integração dos setores público e privado. Segundo ele, um dos pontos principais é reforçar a municipalização e criar uma lei de incentivos fiscais.
"É necessário que, fazendo as contas no fim do mês, atender pacientes do SUS não seja um negócio tão péssimo assim para as empresas privadas."

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