São Paulo, quinta-feira, 23 de outubro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

'Rolling Stone', a revista, faz 30 anos

KAREN THOMAS
DO "USA TODAY"

A edição de novembro da "Rolling Stone", que será lançada no próximo dia 28, comemora os 30 anos da revista. Em seu escritório localizado na 6ª Avenida, em Nova York, o fundador e editor da "Rolling Stone", Jann Wenner, 51, fala sobre o futuro da publicação.
*
Pergunta - Como você responde aos cínicos que dizem que a "Rolling Stone" é uma publicação velha com leitores jovens?
Jann Wenner - As evidências falam por si só. A média de idade dos nossos leitores é de 27 anos.
Pergunta - Mas a revista tem bons índices de leitura entre os jovens e conteúdo que os agrada.
Wenner - Nós temos os dois tipos de leitores (jovens e mais velhos). Eu não acredito que haja uma diferença muito grande entre as pessoas que hoje têm 20 anos e as que têm 40. Não como ocorria na década de 50. A "Rolling Stone" é capaz de atender os dois tipos de leitor. Nós vamos continuar cobrindo Neil Young, Beatles, Dylan e Stones, assim como B.I.G. e Puffy.
Pergunta - É você quem decide praticamente tudo na revista. Quem irá fazer isso quando você se afastar?
Wenner - Eu não tenho pensado sobre isso. Quero continuar exercendo minha função por, pelo menos, mais uma década.
Pergunta - E a competição internacional? O entretenimento é um grande produto de exportação dos EUA. Como a "Rolling Stone" se posiciona em relação a isso?
Wenner - Eu não entendo muito sobre competição e mercado internacional. Sei que teremos uma edição em espanhol que começará a circular na Argentina nos próximos meses. Já há uma edição alemã e outra australiana.
Pergunta - E essa postura está dando certo, mesmo com a mídia se voltando cada vez mais para o público internacional?
Wenner - Nós não centramos nosso tempo e nossa energia nesse tipo de público. O dinheiro vindo de publicações em outros continentes não é tão grande assim. Além disso, você precisa ter parceiros nos países em que quer publicar. Então, nós aguardamos que algum interessado venha nos procurar. Se for alguém confiável, fazemos um acordo.

Texto Anterior: Rock dos Stones supera pirotecnia de megaespetáculo
Próximo Texto: Freeman é o abolicionista de Spielberg
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.