São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 1997
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Kandir agora lança o plano 'Brasil em Ação 2', para 99

WALTER WIEGRATZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro do Planejamento e Orçamento, Antonio Kandir, anunciou ontem durante palestra sobre investimentos em infra-estrutura, dirigida a empresários paulistas, as bases para o projeto "Brasil em Ação 2", a ser lançado em 1999.
Segundo Kandir, o "Brasil em ação 2" é uma decorrência direta da capacidade de propagação de projetos e investimentos em torno de sua primeira etapa.
Atualmente, "mesmo ganhando em qualidade e produtividade, o produto brasileiro perde em competitividade. Por isso, há necessidade de um outro padrão de infra-estrutura", afirma Kandir.
A continuação do projeto está definida em torno de 12 eixos de desenvolvimento, entre eles, o Mercosul, a fronteira litorânea nordestina e transnordestina, a hidrovia Madeira e a fronteira fluvial sul (que compreende os rios Paraguai e Paraná).
"A tendência em torno desses eixos é o desenvolvimento que se inviabiliza se não houver investimentos em infra-estrutura", diz ele.
Razão pela qual a segunda etapa do projeto virá alicerçada em estudos sobre o impacto social, demográfico, jurídico, científico e de desenvolvimento.
Dentro de 40 dias, a equipe técnica do ministério que analisa as propostas apresentadas, dará o parecer sobre a melhor delas para a posterior contratação da consultoria.
Com a nova "família de projetos e investimentos", o governo definirá as novas oportunidades de negócio no PPA (Plano Plurianual de Investimentos), a ser apresentado no primeiro ano do próximo governo.
Novos estímulos
Kandir afirma que a Lei de Concessões de 1995 é a grande alavanca dos investimentos em infra-estrutura no país.
"O processo de desenvolvimento brasileiro, ao longo das décadas, foi realizado com base em moldes tão obsoletos que não favoreceram uma integração física", afirma ele.
Antes da primeira etapa do "Brasil em Ação" havia um total de 1200 projetos considerados prioritários. Esse número foi reduzido para 42 projetos.
A ordem passou a ser a de "racionalizar o dinheiro público", investindo onde ele é vital.
Com o objetivo de mudar esse panorama em 97, foi investido R$ 1,5 bilhão para a recuperação de seis malhas ferroviárias.
Na modernização e recuperação de 856 quilômetros rodovias foi destinado R$ 1,157 bilhão.
O setor portuário recebeu R$ 1,553 bilhão. Já para o setor elétrico, foram injetados recursos da ordem de R$ 7,046 bilhões.
Para a melhoria de sua performance, o governo quer incrementar soluções e modelos para a atuação do setor privado nas obras de infra-estrutura.
Além de apoiar a elaboração de estudos técnicos por parte do setor privado e a criação de novas linhas de financiamento.
No momento, a carteira de financiamento dispõe de R$ 24 bilhões -para projetos já aprovados ou em fase de enquadramento.

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