São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 1997
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Crise na Ásia faz Bolsa despencar 8,15%

LUIZ CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo foi levada ontem de roldão pela turbulência que começou em Hong Kong e arrastou os demais mercados pelo mundo.
No fechamento, o Ibovespa registrava queda de 8,15% com relação ao dia anterior. No Rio, a queda foi de 6,97% (Isenn).
Foi a segunda maior queda do ano do Ibovespa em um dia, perdendo apenas para 15 de julho, quando as ações recuaram 8,51%.
Em julho, a queda também foi provocada pela crise de confiança sobre uma moeda asiática, no caso o baht da Tailândia.
O dia do mercado paulista pode ser dividido em dois capítulos, antes e depois das 14h30.
Isso porque foi exatamente nesse momento que começaram a ser negociados os papéis da Telebrás e de outras sete empresas do setor.
Até as 14h30, ou seja, enquanto o ministro Sérgio Motta (Comunicações) apresentava os detalhes do modelo de privatização do Sistema Telebrás, os negócios com os papéis do setor ficaram suspensos por determinação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Nesse primeiro "round", os negócios fechados no mercado paulista já refletiam o pessimismo que começou na Ásia e logo seria sentido nas Bolsas européias.
Minutos antes dos negócios com os papéis das "teles" começarem, o Ibovespa já recuava 2,6% com relação ao fechamento de quarta.
Quando as empresas de telecomunicações entraram no pregão, a situação piorou de vez. O primeiro negócio com Telebrás PN saiu com queda de 10%, arrastando consigo o Ibovespa.
Os mercados futuros de dólar também subiram, na onda do nervosismo que tomou conta das Bolsas. No fechamento, os contratos com vencimento para o mês de janeiro apresentavam alta de 0,06%.

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