São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 1997 |
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Brahma vai distribuir produtos da Pepsi no país
DA REPORTAGEM LOCAL A Brahma é desde ontem a nova franqueada da Pepsi no Brasil, ficando responsável pela distribuição dos refrigerantes da marca norte-americana em 80% do país.Além da franquia, a Brahma anunciou a compra das cinco unidades produtivas da Baesa, ex-engarrafadora da Pepsi no Brasil, por US$ 155 milhões. Desse valor, US$ 110 milhões serão pagos à vista e US$ 45 milhões dizem respeito à dívida da Baesa que será assumida pela cervejaria. O principal objetivo da parceria entre a Brahma e a Pepsi é tentar pôr fim à principal dificuldade da Pepsi no Brasil, a distribuição. A partir de agora os refrigerantes da marca contam com a estrutura de distribuição da Brahma. Isso vai ocorrer nas regiões englobadas pelo acordo entre as duas empresas, ou seja: Sul, Sudeste, Nordeste (exceto o Estado do Ceará) e ainda Mato Grosso do Sul. Carlos Brito, diretor de vendas da Brahma, diz esperar o crescimento da participação dos refrigerantes Pepsi no mercado -atualmente detém cerca de 8%. "O que faltava para a Pepsi era massa crítica. Ela saía prejudicada pelo fato de vender só refrigerantes. Agora vamos vender cervejas e refrigerantes, que é como funciona no Brasil", afirma Brito. Além de melhorar a distribuição, a estratégia inclui investimentos em marketing, o que, pelo acordo assinado, ficará a cargo da Pepsi. Brahma "light" A cervejaria está estranhando a demora no trâmite do pedido de autorização encaminhado ao Ministério da Saúde para o lançamento da versão "light" do Guaraná Brahma. "Já encaminhamos o pedido, mas está demorando demais para a liberação", diz Carlos Brito. A intenção da Brahma é se restringir em um primeiro momento ao lançamento da versão com menos calorias do seu guaraná, que, antes da associação com a Pepsi, respondia por 60% do faturamento anual da Brahma. No ano passado, as vendas brutas da empresa totalizaram R$ 5,070 bilhões, registrando, no mesmo período, lucro de R$ 37l,3 milhões. Texto Anterior: Venda da indústria cai 18%, mas é maior do que a de 1994 Próximo Texto: Bancos de investimento partem para varejo Índice |
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