São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 1997
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Militar perde arma por violência doméstica

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O Pentágono, comando das Forças Armadas dos EUA, ordenou a todos os militares do país com prévia condenação por casos de violência doméstica que entreguem suas armas aos superiores e deixem funções que exijam armas.
A decisão foi tomada devido a lei federal sancionada há um ano que proíbe o porte de armas a condenados por violência doméstica.
Como muitos militares precisam usar armas para desempenhar suas funções, a decisão vai fazer com que um número ainda incerto deles seja transferido para funções burocráticas ou reformado.
Há cerca de 1,4 milhão de pessoas nas Forças Armadas dos EUA. Todas serão obrigadas a preencher questionário sobre incidentes de violência doméstica. Quem mentir nas respostas será punido.
O Pentágono disse não esperar que um grande número de pessoas seja desarmado.
Um dos autores da lei, o senador Frank Lautenberg, do Partido Democrata, do governo, criticou o Pentágono por ter demorado tanto para obedecê-la. "Entendo que seja um assunto delicado para eles. Mas todos têm de cumprir a lei."
O Banco Interamericano de Desenvolvimento promoveu esta semana em Washington conferência sobre os efeitos sociais e econômicos da violência doméstica no continente.
Segundo um dos trabalhos, os EUA perdem até US$ 60 bilhões por ano em custos médicos, jurídicos e dias perdidos de trabalho devido à violência doméstica.

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