São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 1997
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Onde os clássicos 'refrescam a alma'

PAULO FERRETTI

Ele é um clássico nos cardápios dos bares em todo Brasil. Resistindo a modismos, o chope continua sendo a bebida oficial do verão há décadas. Se a bebida é unanimidade, a escolha de quem a serve melhor, causa calorosas discussões, que só se resolvem com a peregrinação de bar em bar à procura dos melhores da cidade.
Há pouco tempo atrás, Antarctica e Brahma disputavam sozinhas a hegemonia na distribuição de chope. Nos últimos anos estão tendo que dividir espaço com várias marcas nacionais e importadas como a Kaiser, a Heineken, a Warsteiner e as microcervejarias de fabricação própria. Entre os bares, a escolha é bastante subjetiva, mas alguns são clássicos na arte de servir um chope gelado com o colarinho na medida e muito saboroso.
Com suas chopeiras antigas repletas de gelo, o tradicional Frevo "refresca a alma" de todos que sentam no balcão há mais de 30 anos à procura do famoso beirute e do seu chope Antarctica saboroso e leve. Num casarão tombado na Freguesia do Ó, o chope alemão Warsteiner (200ml, R$ 1,90) rouba a cena entre as tantas cervejas importadas oferecidas no Frangó. Mais amargo que os nacionais, o chope alemão é bem servido pela casa, que capricha até nos copos originais trazidos junto com os barris do chope da Alemanha.
Outro clássico, situado no centro da cidade, é o chope Brahma (250ml, R$ 1,50) de colarinho alto do Bar do Léo que extrapola os limites do bar enchendo as calçadas da rua Aurora de toda a espécie de gente, com ou sem gravata, a fim de saborear a "cevada".
Entre os novos bares o Original soube traduzir bem o "espírito de botequim" e serve bom chope Brahma (330ml, R$ 1,90) como combustível para infindáveis bate-papos nas mesinhas do bar em Moema.

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