São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997 |
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Setor esgota capacidade de crescimento
MAURO ZAFALON
O setor não espera novidades para o final do ano, que deve repetir o mesmo comportamento de 96. Com isso, o faturamento real acumulado de 97 deve registrar retração próxima à de 0,6%, acumulada até setembro. Apesar da atual tendência de queda, os supermercados venderam muito durante o Plano Real. As vendas reais cresceram 43% no período. Assaf lembra que esse volume foi maior ainda se considerada a deflação de pelo menos 30% nos preços que o setor teve em relação à inflação média do período. As vendas voltarão a crescer nos supermercados quando os consumidores, muito endividados atualmente, reorganizarem seu orçamento, diz Assaf. Já Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, diz que esse crescimento de renda dos consumidores virá com a queda dos preços dos serviços, o item de maior peso no Plano Real. A redução das vendas nesta segunda quinzena está segurando os preços, que ficaram praticamente estáveis nesta semana. Nos supermercados houve queda de 0,04% e nos hipermercados, alta de 0,08%, conforme pesquisa de preços do Datafolha na cidade de São Paulo. Apesar dessa estabilidade média dos preços, alguns itens continuam pesando no bolso dos consumidores. É o caso do arroz e do óleo de soja. Dois novos devem se juntar a essa lista: margarina e carne bovina. A entressafra da carne está mais forte do que o setor esperava. Com isso, o preço da arroba da boi, que estava a R$ 26 no mês passado, atingiu R$ 29 nesta semana. O mercado aposta em R$ 30 nas próximas semanas. Texto Anterior: Bancários param sede do Bradesco Próximo Texto: Bolsa cai 2,97% com R$ 1,4 bi de negócios Índice |
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