São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997
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Conheça os artistas e seus trabalhos

Angelo Venosa
Um furo diagonal de um metro de diâmetro nos silos do Moinho Central criará um telescópio gigantesco por onde, em um dia de novembro, o Sol passará.
Onde: silos do Moinho Central

Arnaldo Pappalardo
O fotógrafo faz aflorar do solo fotografias de objetos contemporâneos, como que em uma arqueologia invertida, onde é o novo que aparece sob os escombros.
Onde: antigas indústrias Matarazzo

Cao Guimarães
O fotógrafo criou "Decalques", ampliações em lona vinílica de marcas encontradas nos muros e paredes das cidades, que funcionam como uma memória gráfica do local. As imagens foram realizadas em Nova York, Paris e Belo Horizonte.
Onde: Moinho Central

Carlito Carvalhosa
Seis enormes blocos de massa asfáltica, de formas irregulares e dispostos ao ar livre, serão deslocados no espaço, deixando assim os rastros de sua passagem pelo local.
Onde: antigas indústrias Matarazzo

Carlos Nader
Ninguém verá "A Torre dos Segredos". No último andar do Moinho Central, Nader interrompe a comunicação se trancará com computador e fax para receber os segredos dos interessados, mas lhes negará respostas.
Onde: Moinho Central

Carlos Vergara
Vergara criou uma "farmácia baldia" a partir de um levantamento de 82 espécies de plantas encontradas no local. Contou com a colaboração do paisagista Oscar Bressane e do departamento de botânica da USP. Localizou ainda, por meio de estandartes, as plantas no terreno e ilustrou as paredes com desenhos populares que retratam males e doenças.
Onde: antigas indústrias Matarazzo

Cildo Meirelles
Nos dois trabalhos que apresenta, estabelece metáforas da degradação humana e do lugar. Nas antigas indústrias Matarazzo, utiliza cerca de 7.000 seringas descartáveis preenchidas com sangue de boi.
Onde: antigas indústrias Matarazzo e Moinho Central

Ciro Pirondi
Holofotes dispostos ao longo de todo o percurso e apontados para cima formam uma cortina de luz em todo o trajeto.
Onde: toda a estrada de ferro

Dudi Maia Rosa
O artista parte de "A Tentação de Santo Antonio", de Grünewald (1480-1528), para escavar suas figuras em paredes de isopor e criar um espaço metafísico em meio às ruínas do local.
Onde: antigas indústrias Matarazzo

Eliane Prolik
"Leitos Lívidos", uma instalação que simula camas cobertas com mantas de chumbo, envolve a sala com o mistérios dessas presenças não reveladas.
Onde: Moinho Central

Evandro Carlos Jardim
O artista criou "Volantes", gravuras que serão impressas em tiras de papel que serão distribuídas dentro do kino-trem. Recupera assim a relação que existe entre pedintes e usuários dos trens e a panfletagem ideológica nos trens russos no início do século.
Onde: todo o percurso do trem

Fernanda Gomes
A artista criou instalação em que pequenos objetos e situações preservam o espaço e se confundem com ele, dando sinais de uma passagem sutil pelo local.
Onde: antigas indústrias Matarazzo

Flávia Ribeiro
Em "Reliquae in Capsela" (Vestígios Encapsulados), a artista escavou um círculo no chão de concreto e preencheu-o com parafina. Também cobriu um tanque com uma folha de ouro. "Algumas coisas irão se revelando sob a parafina e sobre a folha de ouro. A idéia era deixar um vestígio silencioso de minha passagem", disse.
Onde: antigas indústrias Matarazzo

Geórgia Kyriakaris
Blocos de isopor são corroídos pelo calor de lâmpadas, que cria como que teias sintéticas, marcas da passagem do calor e da luz.
Onde: Moinho Central

Hélio Melo
O artista levou para o Moinho Central uma parcela dos restos da cidade em sua instalação com cerca de 6.000 pares de sapatos velhos.
Onde: Moinho Central

Joel Pizzini
Pizzini partiu da poesia "As Quatro Gares", de Oswald de Andrade, para tentar captar em imagens produzidas nas antigas indústrias Matarazzo as formas de olhar nas quatro estações da vida (infância, adolescência, maturidade e velhice).
Onde: antigas indústrias Matarazzo

José Miguel Wisnik
O compositor e instrumentista criou com Alê Siqueira a instalação musical "Sopros" que vê uma das chaminés das antigas indústrias Matarazzo como um instrumento de sopro. Dispôs oito caixas acústicas ao longo da chaminé para transmitir uma composição para saxofone, flauta e clarinete que dialogará com os ruídos da cidade que entram por ela.
Onde: antigas indústrias Matarazzo

José Spaniol
O artista criou uma estrutura de quatro paredes de quatro metros de altura na rudimentar técnica de pilão de taipa (terra, areia, cal e estabilizante) em que pequenas aberturas servem de mirantes da paisagem local.
Onde: área externa das antigas indústrias Matarazzo

Laura Vinci
A artista criou uma espécie de ampulheta que vai registrar a passagem do tempo durante todo o período de existência do projeto.
Onde: Moinho Central

Lucas Bambozzi
O artista tem dois trabalhos. Em um deles, projeta imagens de acidentes e crimes, de baixo para cima, por entre as frestas das antigas indústrias Matarazzo. No outro, coordenará projeto de captação e transmissão de imagens ao vivo dos trens para monitores dispostos também na Matarazzo.
Onde: antigas indústrias Matarazzo e em todo o trajeto

Marcelo Dantas e Roberto Moreira
A dupla de videoartistas criou duas instalações. Na primeira, a presença do espectador acionará dispositivos de segurança que acionarão a projeção de imagens de violência. Na outra, sete projetores colocados em tambores azuis jogam imagens do período fabril da cidade em "lápides" de concreto.
Onde: Moinho Central e antigas indústrias Matarazzo

Marcos Ribeiro
Em 600 metros ao longo da estrada de ferro, o artista colocou 860 imagens sequenciais que ganharão movimento com a passagem do trem, como o reverso do cinema, em que o espectador está em movimento e a imagem, estática.
Onde: Ao longo da estrada de ferro

Milton Braga e Fernando de Melo Franco
A dupla criou uma "land art" ao fazer cortes no terreno, estabelecendo um movimento que dialoga com a topografia e com as grandes escalas do lugar.
Onde: área externa das antigas indústrias Matarazzo

Nelson Félix
Félix fez três cortes retangulares no teto do Moinho Central e, por meio de cabos de aço, descerá esses cortes até a poucos centímetros do andar inferior.
Onde: Moinho Central

Patrícia Azevedo
Montagem fotográfica reúnem cenas do passado e do presente dos ambientes do projeto. Em uma delas, a fotógrafa recria o trajeto das áreas produtivas até o porto de Santos. O uso de retículas recria a movimentação dos trilhos e lembra "Nu Descendo a Escada", de Duchamp.
Onde: Moinho Central

Paulo Mendes da Rocha
O arquiteto criou um elevador que subirá e descerá ininterruptamente no Moinho Central, mas sem passageiros. No chão, um texto revelará que a cidade possui mais trilhos verticais (de elevadores) que horizontais (de trens).
Onde: Moinho Central

Paulo Pasta
O artista cria um hiato silencioso e metafísico em meio aos ruídos das ruínas ao pintar uma parede de púrpura. As estruturas locais, que lembram uma igreja, acentuam o teor contemplativo do trabalho.
Onde: antigas indústrias Matarazzo

Regina Meyer
Um farol construído em uma estrutura de ferro iluminará constantemente uma das fronteiras das antigas indústrias Matarazzo, demarcando assim uma das área limite da cidade.
Onde: antigas indústrias Matarazzo

Ricardo Ribenboim
Ribenboim criou instalação ao longo de todo o percurso em que as transformações da matéria (evaporação, liquefação e solidificação) dialogam com as transformações do lugar.
Onde: Estação da Luz, Moinho Central e antigas indústrias Matarazzo

Rodrigo Andrade
O artista recuperou um elemento das estradas de ferro -o dormente- para construir com uma pilha de toras sua "A Morada".
Onde: área externa do Moinho Central

Rochelle Costi
A fotógrafa realizou imagens de restos de refeições improvisadas no local, com pratos de alumínio, latas e outros objetos.
Onde: Moinho Central

Ruy Ohtake
Balão de gás hélio liga uma das chaminés das antigas indústrias Matarazzo a uma base espelhada que refletirá imagens de fora do espaço para dentro e vice-versa.
Onde: área externa das antigas indústrias Matarazzo

Willi Biondani
Instalação de fotografias de um corpo em relação com as reentrâncias do lugar e exibidas sob a luz de furos feitos no teto do local.
Onde: Moinho Central

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