São Paulo, sábado, 25 de outubro de 1997
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Guerrilhas fazem 25 atentados a bomba às vésperas de eleições

Exército vai colocar 350 mil homens para garantir pleito

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), grupos guerrilheiros de esquerda, promoveram ontem pelo menos 25 atentados a bomba, matando dois policiais e um civil.
A meta dos rebeldes é aterrorizar o país e sabotar as eleições de amanhã para prefeitos, governadores e Conselhos Legislativos.
O Exército da Colômbia colocará 350 mil homens nas ruas para garantir o pleito.
Os guerrilheiros ameaçam incendiar e explodir veículos que se aventurem nas estradas para ir votar. Muitos habitantes do norte, temendo a violência, buscaram refúgio na Venezuela."Todos devem votar pela paz e pela democracia", disse o presidente Ernesto Samper. Na luta contra as eleições, as Farc e o ELN já assassinaram 35 candidatos e sequestraram cerca de 200 políticos. Mais de 1.800 pretendentes desistiram de concorrer; 20 municípios não terão candidatos a prefeito e vereadores.
Além da cédula eleitoral, os 20 milhões de eleitores poderão colocar também nas urnas uma papeleta simbólica, onde está escrito: "Voto pela paz, vida e liberdade." Os votos serão apurados, mas não terão consequências práticas.
Os rebeldes se negam a dialogar com Samper, a quem acusam de liderar um governo "corrupto e ilegítimo" financiado eleitoralmente por narcotraficantes.
Na quinta-feira, o ELN sequestrou dois observadores da Organização dos Estados Americanos e anunciou que se tratava de "uma ação político-militar para mostrar à comunidade internacional que as eleições de domingo são uma fraude".

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