São Paulo, domingo, 26 de outubro de 1997
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Estratégia antidengue é alterada

DA REPORTAGEM LOCAL

A presidente da Fundação Nacional de Saúde (FNS), Elisa Vianna Sá, diz que o Ministério da Saúde está mudando a tática de combate a dengue. "A nova estratégia vai dar melhores resultados, mas não no curtíssimo prazo."
A fundação que ela dirige assumiu o programa em maio e decidiu reformulá-lo. O combate agora será centrado na erradicação da larva e não mais do mosquito adulto.
Na prática, isso significa menos borrifação de veneno e mais combate ao empoçamento de água em objetos como pneus e latas vazias.
Antes de passar à FNS, o combate era responsabilidade de uma comissão que ficava diretamente subordinada ao ministro da Saúde.
Segundo Elisa, a dengue é uma doença nova no Brasil e seu diagnóstico só está melhorando agora. Na sua opinião, isso pode ter uma relação com o salto de 581% no número de internações por dengue este ano.
"'Não estou dizendo que não há dengue no Brasil nem que temos todo o dinheiro de que precisamos. Mas, às vezes, a maior busca pelo combate à doença aumenta o número de casos identificados porque se melhora o dado a respeito", afirma.
Sobre o baixo uso de verbas para saneamento básico, ela diz que quando assumiu o cargo, em março, mandou fazer um levantamento físico das obras para identificar e priorizar aquelas inacabadas.
"Levamos um tempo fazendo isso, mas agora estamos acelerando o desembolso de recursos", diz.

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