São Paulo, domingo, 26 de outubro de 1997 |
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Maioria segue mesmo ramo do emprego
DO BANCO DE DADOS; DA REPORTAGEM LOCAL Cerca de 80% das pessoas que montam um negócio próprio seguem o mesmo ramo de atividade da empresa em que atuamA estimativa é de Dorli Martins, 37, consultora do Sebrae-SP. Segundo ela, é essencial para a vida da microempresa que o empresário conheça seu setor de atuação. "Com uma bagagem anterior, fica mais fácil acompanhar integralmente o negócio." Além disso, a probabilidade de um empregado se tornar um patrão de sucesso pode ser maior. Cerca de 60% dos donos de pequenas empresas com mais de um ano de funcionamento tiveram contato anterior com a área, segundo uma pesquisa piloto feita pelo Sebrae em Minas Gerais. Para Cláudio Saito, 27, consultor, a maioria dos microempresários une o útil ao agradável: conciliar a carreira e a oportunidade de investir naqueles palpites que ninguém na empresa ouvia. O empresário e ex-empregado Antonio Carlos Silva Lima, 26, diz fazer parte desse grupo. "Chega uma hora em que você cansa de só ser mandado e descobre o próprio potencial", afirma Lima, que trabalhou por dez anos na área de eletrônica de uma metalúrgica e trocou a carreira por um negócio próprio no mesmo ramo. Durante o período de dois anos em que manteve a dupla jornada, ele conta que pensou diversas vezes em desistir da microempresa. Quando ao negócio começou a engrenar, Lima tomou a decisão oposta: deixou o emprego. "Só pedi demissão e passei a me dedicar integralmente ao negócio, quando senti segurança para isso", afirma o empresário. José Bráulio Neves é outro empresário-empregado que confirma a tendência de seguir o mesmo ramo nas duas funções. Ele trabalhava no departamento de informática de uma multinacional e comandava, com um sócio, uma microempresa no mesmo ramo, que hoje também faz serviços gráficos. "No início, era só um bico." Em poucos meses, Neves decidiu deixar a vida de assalariado. Foi a escolha certa, diz ele. Com o tempo, transferiu a empresa, que antes ficava em sua casa, no Jardim do Mar, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), para uma loja em um shopping da cidade. Texto Anterior: Empresário-empregado dribla tempo Próximo Texto: Lei limita atividades Índice |
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