São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997 |
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Em SP, jovens da periferia evitam usar tênis caros
ANDRÉ LOZANO
Segundo a socióloga Maria Stella Graciani, coordenadora do Núcleo de Trabalhos Comunitários da PUC, o trabalho que desenvolve com jovens da periferia de São Paulo mostra que o "adolescente, negro, pobre, que mora na periferia reúne as características que indicam uma pessoa que não pode usar uma roupa de marca ou um tênis diferente". Segundo ela, esses garotos, a exemplo dos jovens do Rio, não prestam queixa quando são vítimas da violência de policiais porque "são figuras conhecidas do bairro e discriminadas". Flávio Pimenta, presidente da Associação Meninos do Morumbi, conta que os jovens que frequentam a entidade descobriram, involuntariamente, uma forma de não serem confundidos com meninos de rua ou com infratores. "Quando foram tomar conta de carros no estádio do Morumbi com a camiseta da associação, em dia de jogo, os meninos, que antes, eventualmente, sofriam agressões por parte de policiais, passaram a ser respeitados", disse Pimenta. Texto Anterior: Jovens criam novas regras de segurança Próximo Texto: Jogador evita vermelho em morro Índice |
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