São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
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Consumo 'iguala' classes

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Pesquisa correlata realizada na UFRJ mostra que, diante da discriminação, o jovem pobre tem no consumo a principal forma de tentar se igualar ao jovem de classe média ou alta.
"O tênis importado e o som potente, desejos de consumo da maioria, são exibições de poder. O jovem pobre busca na roupa de marca a imagem de que também é cidadão", diz Rosemere Maia, coordenadora do estudo "Juventude Urbana Pobre e Consumo".
A pesquisa também mostra que os jovens abrem mão de seus símbolos de consumo, como bonés e tênis, com medo da violência.
Ao mesmo tempo, os jovens convivem com a delinquência desde a infância e são marcados pela agressividade. As "galeras" costumam provocar quebra-quebras em ônibus e trens.
Entre os jovens que trabalham (50% do total), 81% nunca tiveram carteira assinada. A carteira de trabalho, porém, foi apontada como o documento mais importante por 66% dos entrevistados. Desses, 20% justificaram a escolha afirmando que a carteira ajuda a escapar da polícia.
(FE)

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