São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
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Globalização anima fusões

DA REPORTAGEM LOCAL

A compra da Freios Varga pela inglesa Lucas Varity é mais um capítulo do processo de globalização que o setor está vivendo.
Globalização que possui uma característica marcante: a compra de empresas de capital nacional, normalmente sob gestão familiar, por grandes grupos multinacionais.
Por trás desse movimento, está a necessidade das empresas de autopeças precisarem se adaptar ao processo de modernização da indústria automobilística mundial.
E uma capacidade financeira muito maior. Enquanto a Lucas Varity possui faturamento anual de US$ 7,5 bilhões, a Freios Varga registrou em 96 faturamento US$ 277 milhões.
Nos últimos anos, as montadoras passaram a adotar fornecedores mundiais, ou seja, a Volkswagen, por exemplo, escolhe uma empresa para produzir amortecedores para seus veículos para todas as suas unidades de produção espalhadas pelo mundo.
A associação de empresas brasileiras com as multinacionais de autopeças significa assim a possibilidade de ganhos de escala, redução dos custos de produção e maior acesso à tecnologia de ponta.
Com isso, a presença das empresas de capital estrangeiro no setor de autopeças no Brasil tem crescido com grande velocidade.
Segundo levantamento realizado pela consultoria KPMG, as empresas estrangeiras representavam no final do ano passado 16% do setor. Já as empresas de capital nacional significavam 71% das indústrias.
Um exemplo do processo de internacionalização do setor é o caso da Metal Leve, que teve seu controle vendido para a alemã Mahle.
Outro exemplo é a Osa, especializada na produção de itens plásticos, que foi vendida à inglesa BTR.

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