São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997 |
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Monopólio da carteira é ameaçado
MARIO CESAR CARVALHO
"O monopólio da UNE é segregacionista. As pessoas mais simples estão fora da escola e não têm esse direito", diz o deputado. Wagner diz que o objetivo de seu projeto não é esvaziar os cofres da UNE -ele é do PT, partido de oposição ao PC do B, que detém um virtual monopólio sobre a presidência da UNE. Hoje, as carteiras que dão direito à meia-entrada em cinemas e shows rendem cerca de R$ 1 milhão por ano à UNE. Em 1992, quando não havia a carteirinha, a entidade sobrevivia com um décimo desse valor -R$ 100 mil. "Se o fim do monopólio sobre a meia-entrada abater a UNE, é melhor ela repensar o seu papel", diz. Wagner afirma que a intenção de seu projeto é fazer com que mais jovens tenham acesso a filmes, shows e concertos. Diz saber que os empresários vão repassar esse custo para o preço dos ingressos, mas acha a medida correta: "É justo os mais velhos pagarem pelos mais jovens porque o jovem está num período de formação". Ricardo Capelli, presidente da UNE, reconhece que o projeto provocará um baque nas finanças da UNE se for aprovado, mas diz que ainda não tem uma posição sobre a medida. (MCC) Texto Anterior: Presidente "casou-se" em Cuba Próximo Texto: Militância nos anos 90 é outra Índice |
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