São Paulo, segunda-feira, 27 de outubro de 1997
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Itaipu gera 1.500 visitas diariamente

Passeio é gratuito

DO ENVIADO ESPECIAL A FOZ DO IGUAÇU

Para a maior usina hidrelétrica em operação no mundo, a binacional Itaipu, o horário de verão não existe. Os relógios da empresa e dos empregados continuam marcando o horário normal em relação a Greenwich (Inglaterra).
A única mudança é no horário de pico. Se antes ele ocorria das 18h e às 19h, agora poderá ser registrado das 19h e às 20h.
Na sala principal de controle -parte do passeio técnico que deve ser marcado com um semana de antecedência-, o trabalho é todo dividido em partes iguais entre paraguaios e brasileiros.
A começar pela distribuição da sala, dividida entre dados brasileiros (monitorados, em sistema de turno, por trabalhadores brasileiros e paraguaios) e paraguaios (monitorados da mesma forma).
Obra faraônica
Considerada uma das "sete maravilhas do mundo moderno" pela Associação Americana de Engenharia Civil (ASCE) em 1995, Itaipu possui 18 unidades geradoras. Cada uma delas é capaz de fornecer energia para uma cidade com 1 milhão de habitantes.
Atualmente, a usina, que utiliza as águas do rio Paraná, supre 75% da necessidade do Paraguai e 25% da energia consumida no Brasil.
Sua construção, que terminou em 1982, foi polêmica.
Há exatos 15 anos, o "progresso" e a natureza se esbarraram num conflito mútuo: o fim das Sete Quedas, também consideradas por muitos estudiosos um espetáculo inigualável em todo o mundo. Elas foram engolidas pelo lago de Itaipu -1.350 km2-, no final de outubro de 1982.
A hidrelétrica recebe cerca de 1.500 visitantes por dia.
Os passeios são gratuitos. Fazem parte da visita um vídeo de 18 minutos e também uma parada rápida em frente ao vertedouro, cuja capacidade máxima de passagem de água é de 62,2 mil metros cúbicos por segundo.
Na época das chuvas, a visita é mais interessante. As águas do Paraná honram o "desenvolvimento" e dão um espetáculo de força quando descem pelo vertedouro.

Mais informações: tel. (045) 520-6985

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