São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 1997
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Líderes na eleição da USP divergem

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os dois primeiros colocados na primeira etapa para a escolha do novo reitor da USP representam correntes divergentes na Universidade de São Paulo.
A vice-reitora, Myriam Krasilchik, líder na votação de quinta-feira passada, quer dar continuidade à administração de Flávio Fava de Moraes. "Quero manter as conquistas dessa gestão."
Além disso, a vice-reitora destaca dois pontos como suas metas no caso de ser indicada a primeira reitora mulher da USP: melhorar a pesquisa e a extensão e reformular os currículos da graduação.
Por outro lado, o professor-titular do Instituto de Ciências Biomédicas Erney de Camargo, 2º lugar na votação, daria um novo rumo à universidade. Ele é contrário a algumas das medidas tomadas pelo atual reitor, como o fechamento da Cidade Universitária. Se for indicado para a reitoria, ele diz que abrirá o campus para a comunidade. "A universidade se isolou, se concentrou em seu umbigo."
Camargo ressalta duas outras metas. Ele promoveria uma discussão do estatuto ("para debater a possibilidade de mudanças") e o repasse da autonomia financeira às unidades. Na quinta, a USP abriu o processo de eleição do novo reitor. O "colegião" (um grupo de 1.396 pessoas formado por professores, alunos e funcionários) escolheu os oito candidatos.
Além da vice-reitora e do professor Camargo, foram escolhidos o pró-reitor de cultura e extensão, Jacques Marcovitch (3º lugar), o diretor do Instituto de Física, Gil de Marques (4º), o pró-reitor de graduação, Carlos Dantas (5º), o pró-reitor de pós-graduação, Adolpho Melfi (6º), Walter Colli, diretor do Instituto de Química (7º), e Joaquim de Camargo Engler, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (8º).
A próxima etapa ocorre no dia 6 de novembro. O "coleginho" (grupo de 180 pessoas formado por membros do Conselho Universitário e representantes dos quatro conselhos centrais) escolhe três dos oito. Por fim, o governador Mário Covas indica, até o fim de novembro, um dos três para um mandato de quatro anos.

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