São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997
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Autoridades deixam negociação e dançam em festa

LUCAS FIGUEIREDO; ALTINO MACHADO
DO ENVIADO ESPECIAL A MANAUS E DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Autoridades do governo brasileiro, diretores do Bird (Banco Mundial) e representantes dos países doadores do programa de proteção às florestas tropicais esqueceram, anteontem, as negociações e pressões mútuas e terminaram "evoluindo o boi" -expressão da amazônia para a dança do bumba-meu-boi.
A festa -patrocinada pela organização não-governamental GTA (Grupo de Trabalho Amazônico)- foi idealizada para ser um jantar. Mas, conforme ia "evoluindo o boi" ao som do grupo Kuarup, brasileiros e estrangeiros se soltaram e poucos foram os que tocaram na costela de pirarucu com batatas.
"Toca mais uma", gritavam os foliões ao fim de cada música. Resultado: o Kuarup começou a anunciar a "saideira" antes das 23h, mas acabou tocando até 0h30.
A exemplo das negociações do G-7, o folclórico bumba-meu-boi também tem suas divisões, representadas no boi "caprichoso", de cor vermelha, e o boi "garantido", azulado.
À meia-noite, saiu o veredicto. "Meu coração é vermelho, eh, eh, eh", cantavam animadamente -e pingando de suor- os norte-americanos, ingleses e alemães presentes -alguns em bom português.
O destaque da animação ficou com o presidente do Ibama, Eduardo Martins, entre os brasileiros, e, na categoria internacional, com o representante da comissão da União Européia, Christoph Bail, que comandaram um pequeno grupo.
(LF e AM)

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