São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997
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Clandestino diz que vai continuar na rua

DA REPORTAGEM LOCAL

As entidades que representam os motoristas de lotação de São Paulo afirmaram ontem que os perueiros clandestinos vão operar mesmo após a publicação da lei que limita a atividade a quem tiver credencial expedida pela prefeitura.
"Quem é clandestino vai continuar clandestino e vai continuar trabalhando, mas agora aumenta o risco de haver confronto entre os perueiros e os fiscais, porque os motoristas não têm mais nenhuma esperança", disse Haroldo Mariano, presidente da ATA (Associação dos Transportadores em Autolotação) da zona oeste.
Para José Célio dos Santos, presidente do sindicato da categoria, o projeto vai extinguir a categoria em quatro anos, no máximo.
"O projeto não permite a substituição dos perueiros que forem descredenciados ou que morrerem. Desse jeito, a categoria está condenada", disse.
Contra a multa
Cerca de 40 perueiros acamparam no estacionamento da prefeitura por volta das 21h30. Segundo Laércio Ezequiel dos Santos, da ATA da zona sul, a intenção era ficar no local a noite inteira contra o aumento da multa.
"Vamos aguardar os demais perueiros clandestinos para pressionar o prefeito Celso Pitta a retirar a multa de 3.000 Ufirs da lei", disse.
A tática, segundo Santos, será para evitar novas apreensões. "Se você não está cobrando uma tarifa, não é transporte remunerado."

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