São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997
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Deputada vê perdas em todos os setores

OSWALDO BUARIM JR.; MARCELO CORDEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

MARCELO CORDEIRO
A crise nas Bolsas de Valores deixou no Brasil um rastro de perdas que inclui a redução de 25% no patrimônio das empresas estatais, queima de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões de reservas, redução da poupança interna em decorrência das perdas dos fundos de pensão e maior desequilíbrio na conta de capitais.
A avaliação é da deputada Maria da Conceição Tavares (PT-RJ), que fez ontem uma palestra para parlamentares do bloco de oposição (PT, PDT e PC do B) na Câmara sobre a queda das Bolsas, que teve início em Hong Kong na segunda-feira.
Conceição disse que Gustavo Franco agiu de forma ilegal ao mandar suspender a operação das Bolsas brasileiras na terça-feira, mas que a decisão foi correta. Disse também que o BC acertou ao promover os leilões de dólares para segurar a cotação do real e citou a coragem de Franco de gastar reservas para controlar a aposta do mercado na desvalorização cambial.
A deputada afirmou ainda que a Bolsa de São Paulo só não caiu mais porque o BNDES entrou comprando ações, para evitar perda maior dos ativos que serão por ele vendidos dentro do programa de privatização.
Conceição acha que a instabilidade asiática se manterá porque falta acertar a paridade entre a moeda de Hong Kong e a moeda da China continental. "Enquanto isso existir, vai ter crise".
Segundo a deputada, as moedas que não se abalaram com a crise foram o marco alemão e o dólar americano, este último em razão de os Estados Unidos descarregarem prejuízo em outros mercados.

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