São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997 |
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Para FHC, reforma combate especulador
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Fernando Henrique Cardoso pediu aos presidentes do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que apressem as votações das reformas constitucionais como antídoto para as especulações no mercado financeiro."O governo tem rumo, disposição, tranquilidade e condições de enfrentar eventuais dificuldades, mas também o Brasil está percebendo que a nossa capacidade de avançar está condicionada às reformas", afirmou o presidente. FHC associou ontem a necessidade de aprovar as reformas no Congresso ao fim das especulações no mercado financeiro. Ele ainda desafiou a oposição: "Não façam oposição ao Brasil, me derrotem se forem capazes, mas não usando o Brasil para ser vítima de manobras". FHC elogiou a equipe econômica pelo trabalho desempenhado anteontem para conter a especulação no mercado de câmbio. "Nós temos uma muralha firme", disse. Afirmou que "o Brasil de hoje é um país que tem um projeto em marcha de desenvolvimento e de investimento e que isso todo mundo sabe". "Acho que agora isso ficou mais visível do que nunca: a solidez da nossa economia", afirmou FHC. FHC disse que sugeriu aos presidentes dos sete países mais ricos que se empenhem na "regulamentação mais ativa (do mercado)" a fim de evitar que as especulações causem prejuízos ao sistema mundial. "Certamente, esse sentimento é compartilhado pelos presidentes." Regras FHC reiterou, por intermédio do porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, que é favorável ao estabelecimento de regras para coibir a especulação financeira mundial. "Existe, para o presidente, a necessidade para lidar com uma realidade nova, que é a rapidez do deslocamento desses fluxos de capitais e sua magnitude", afirmou. Amaral disse que o governo defende a definição de regras que desestimulem o movimento de capitais. "Existem várias hipóteses e aí deve-se discutir", afirmou. Texto Anterior: Deputada vê perdas em todos os setores Próximo Texto: Para Mendonça de Barros, país "não pisca" no câmbio Índice |
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