São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 1997
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Evento mostra diferentes formas de preparar o cordeiro

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Se depender do esforço de um crescente número de produtores brasileiros, comer cordeiro poderá deixar de ser uma aventura incerta entre nós e se aproximar do deleite gastronômico que esta carne representa em países onde seu consumo é mais tradicional.
Uma amostra desse esforço está acontecendo em São Paulo de hoje até o dia 9 de novembro, quando três restaurantes de diferentes cozinhas -Arabia (árabe), La Casserole (francesa) e Vinheria Percussi (italiana)- estarão servindo cardápios com a carne desses produtores, agrupados em associações em São Paulo e Rio Grande do Sul. A carne de carneiro habitualmente vendida no Brasil é a pior possível: vem de animais de raças destinadas a produzir lã, e abatidos somente depois que sua vida útil se esgotou.
A melhor carne de carneiro, segundo o gosto dominante hoje, é aquela oriunda de raças de pouca lã mas de boa carne, e de animais com poucas semanas de idade -os cordeiros-, de carne mais tenra e suculenta. Foi para divulgar esses animais de melhor qualidade gastronômica, de raças como Île de France, Suffolk e Texel (ou cruzamentos delas), que nasceu esse festival que acontece nos restaurantes.
Intitulado "Três Cordeiros, Três Temperos", o evento apresenta, em cada lugar, pelo menos três opções de pratos com esse ingrediente.
No Arabia, por exemplo, pode-se experimentar o quibe cru de cordeiro (no Oriente Médio, pratos como quibe e kafta são feitos de carneiro, mais abundante que o boi). No La Casserole, o pernil de cordeiro assado (malpassado) com ervas e feijão verde, uma das opções, mostra uma forma bem francesa de apreciar essa carne.
Na Vinheria Percussi, uma receita italiana sugere a costeleta grelhada com alecrim e feijão branco.
(JM)

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