São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997
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Governo mostra estar vulnerável, diz Lula

SILVIA BITTENCOURT
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE BERLIM

O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem, em Berlim (Alemanha), que o crash na Bolsa de São Paulo e a elevação dos juros promovida pelo governo não interferiram na sua posição de preferir não ser candidato a presidente.
O crash no mercado financeiro, para Lula, indicaria a "fragilidade" do Plano Real. "Nessa primeira prova, a economia foi colocada a nu diante da sociedade brasileira", disse à Folha, durante um almoço organizado por um grupo do PT na capital alemã.
"O crash demonstrou que o Brasil não pode ser dependente do capital volátil. O governo sabe que está vulnerável e tem que esticar a corda até as eleições", afirmou.
O presidente de honra do PT reafirmou que só aceitaria ser candidato se seu nome fosse escolhido por uma ampla frente de oposição.
Lula passou quatro dias na Alemanha a convite de uma instituição acadêmica. Encontrou-se com políticos, empresários e representantes do governo alemão.
Ontem, ao falar para cerca de 40 pessoas em um restaurante latino-americano de Berlim, mencionou os nomes cotados como possíveis candidatos da oposição, entre eles os petistas Tarso Genro e Cristovam Buarque, o ministro do STF Sepúlveda Pertence e o ex-tucano Ciro Gomes, hoje no PPS. Mas rechaçou apoio a este. "Seria o mesmo que abortar o PT."

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