São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997 |
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Desemprego cresce, diz economista Avaliação é de Dalton Gardimam LUIZ CINTRA
Os índices de nível de emprego devem começar a detectar essa nova realidade num prazo de poucas semanas, não só pela "altitude" do novo patamar de juros, mas também porque a economia já está há alguns meses em rota descendente. "Os juros nesse nível vão ampliar a atual tendência de desaquecimento da economia", avalia Gardimam. Com relação ao ritmo de crescimento do PIB, o economista diz acreditar que em 98 a taxa de cerca de 3% que deve ser registrada neste ano, na verdade nada excepcional, ainda vai deixar saudades: o Produto Interno Bruto deve crescer entre 1% e 2%, estima. A questão é que, diferente das restrições de 95, o alvo desta vez é a saída de dólares do país. O objetivo é recompor as reservas e não frear o consumo. O aumento do déficit público em 98, que deve crescer 1% do PIB por conta do maior custo da dívida interna, deve servir de combustível para os que criticam o Plano Real. Ou seja, certamente vai mudar o cenário político para as próximas eleições. "Não será nada fácil para o presidente Fernando Henrique entrar numa campanha com o ritmo de crescimento que o país deve apresentar," diz o economista do Deutsche. Texto Anterior: Crise no Sudoeste Asiático deverá afetar as exportações brasileiras para a região Próximo Texto: Juro alto deixa lojas de móveis surpresas Índice |
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