São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997
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'Azar' de outubro tem explicação

The Wall Street Journal
de Nova York

DO "THE WALL STREET JOURNAL"

"Vamos ver. Poderia ser o El Ninõ? Fãs enlouquecidos do Cleveland Indians? O fim do horário de verão? Por que não pôr a culpa da quebra da bolsa no mês de outubro?", pergunta o diário.
"Todos os meses têm sua parcela de problemas, mas outubro é um mês em que coisas ruins parecem acontecer com regularidade."
Segundo o "Wall Street", metade das 12 maiores quedas da bolsa de Nova York ocorreram em outubro. "Incluindo as três maiores -a de 87 e os dois piores dias da história, em 1929."
Outubro tem sido assustador há séculos. Povos pagãos inventaram rituais para manter os demônios longe nessa época do ano. O Haloween, comemorado no dia 31 de outubro, era uma festa céltica em que se homenageavam os mortos.
Outubro é uma "época sinistra, de trevas" disse o rabino James Rudin, diretor de assuntos inter-religiosos do Comitê Judaico Americano em Nova York.
No judaísmo, é frequentemente o Yom Kippur, dia de penitência, cair em outubro. O rabino Rudin citou para o diário uma oração desse dia: "Quem viverá, quem morrerá? Quem vai ficar tranquilo, quem ficará aflito? Quem enriquecerá, quem empobrecerá?"
É um mês perigoso para líderes, lembra o "Wall Street". Indira Gandhi foi assassinada no Haloween de 84. Em outubro de 1912, Teddy Roosevelt foi ferido a tiros em Milwaukee. Em 84, Margaret Thatcher escapou de um atentado a bomba em Brighton.
Para Shelley Ackerman não é coincidência que os mercados caiam em outubro. "Sempre que há uma quebra da bolsa, ela ocorre no fim de libra ou começo de escorpião", explicou ela ao diário. Shelley é uma astróloga de Nova York que tem um programa de rádio chamado "Alívio Cármico".
Segundo ela, o signo do escorpião está associado com aquilo de que mais temos medo.
Para Arch Crawford, "as pessoas não recebem luz suficiente em suas glândulas pituitárias". Ele dirige a Crawford Perspectives, que usa análise planetária para prever mudanças no mercado.
Para Suzanne Kline, psicoterapeuta de Anaheim, Califórnia, outubro é um mês de maior ansiedade e pressão familiar. "Por que? Os dias são mais curtos. E saem os boletins escolares".

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