São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997
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Internet não vai destruir Estado-Nação, diz estudioso

CHARLES ARTHUR
DO "THE INDEPENDENT"

O impacto da Internet não será tão grande quanto as pessoas previam, segundo um estudo. Previsões de que ela levaria a um "desaparecimento do Estado-Nação" estão incorretas, diz Andrew Graham, economista da Universidade de Oxford, do Reino Unido.
Num documento apresentado em conferência em Londres, Graham destacou que as expectativas de que a Internet vai apagar as fronteiras nacionais é um mito, por uma série de razões.
"A Internet aumentará a competição e isso abaixará o preço de alguns produtos. Mas não de todos", afirmou. Comida e outros bens de consumo perecíveis seguirão sendo inviáveis para venda na rede, enquanto o mercado de informação e serviços baseados em experiência nunca serão perfeitos.
"Dinheiro precisa ser regulamentado para ser usado. Seria quase impossível indivíduos comuns fiscalizarem a falta de crédito de um banco estrangeiro. E isto seria extremamente ineficiente para todos nós."
Graham disse também que "regulamentação cria eficiência neste campo. Se a Internet fosse fazer seu próprio dinheiro -o que é improvável - ela teria de ser regulamentada e suportada, como qualquer outro banco, ou em algum momento enfrentaria uma crise".
"A consciência da existência desse dilema faz com que o surgimento de dinheiro não-regulamentado na Internet seja ainda mais improvável", observa o professor Graham.

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