São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997
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Iraque pede a 3 países que impeçam um novo ataque

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Iraque pediu que Rússia, França e China intercedam junto aos Estados Unidos para evitar um novo ataque americano ao país.
"Estamos convencidos de que Rússia, França e China estão irritadas pela escalada e esperamos que esses países tenham um papel ainda mais positivo do que o que já desempenharam para evitar um novo incêndio", escreveu ontem o jornal oficial iraquiano "Al Yumhuriya".
O governo de Saddam Hussein desafiou novamente a ONU ao proibir, na semana passada, que dez inspetores de armas norte-americanos atuassem no país. Bagdá os causa de serem espiões
A ONU reiterou que a equipe de inspeção, com os técnicos norte-americanos, irá retomar seus trabalhos no país amanhã. O Iraque reafirmou que, se isso ocorrer, os inspetores dos EUA serão expulsos.
"Não haverá inspetores americanos atuando no Iraque", advertiu ontem o vice-presidente iraquiano, Taha Yassin Ramadan.
A crise pode provocar um novo conflito militar entre Iraque e EUA. Na semana, o governo americano não descartava o uso da força. Já o iraquiano repetia que não teme um ataque.
Pelos acordos impostos pela ONU ao Iraque, ao final da Guerra do Golfo, o governo de Saddam Hussein se viu obrigado, entre outras coisas, a destruir seu arsenal de armas químicas, biológicas e componentes de armas nucleares.
A ONU se reservou o direito de inspecionar instalações militares e industriais iraquianas, para verificar se o país cumpre o acordo.
Ainda ontem, o governo da Jordânia, que mantém boas relações tanto com o Ocidente como com o Iraque, fez um apelo a Saddam para que retome a cooperação com a ONU. Pediu ainda que a comunidade internacional evite um ataque militar e maiores sanções econômicas contra o Iraque.
Apesar da crise política, a ONU não suspendeu o programa de venda controlada de petróleo iraquiana em troca da compra de alimentos. Há um embargo da ONU à compra direta de petróleo no país, um dos maiores produtores mundiais.

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