São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997
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Consultor defende maior integração

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das soluções para aprimorar o sistema de franchising no Brasil é a troca de informações entre franqueados e franqueadores, com o objetivo de resolver problemas em comum.
Esse foi um dos tópicos apontados pelo consultor Marcelo Cherto, 44, presidente do Instituto Franchising, na palestra "Franchising Brasileiro: Para Onde Estamos Indo?", promovida pela Folha, no dia 27, em São Paulo.
O evento faz parte do ciclo "Os Rumos do Franchising", que traz palestras sobre o tema, sempre na última segunda-feira de cada mês.
Cherto buscou abordar pontos para melhorar o sistema. Dois deles seriam o aumento da comunicação entre os empresários e a criação de associações e conselhos, principalmente de franqueados.
Segundo ele, a integração entre empresários para troca de idéias, em fóruns de discussão ou mesmo pela Internet, traz riqueza de conhecimento na administração.
Cherto defendeu que essa transferência mútua de dados entre empresas, mesmo concorrentes, aponta um bom caminho a seguir."Uma rede de franquias passa por problemas como qualquer outra empresa. Só que tem um problema a mais: ainda tem de zelar pelo bom relacionamento entre franqueados e franqueadores para não correr o risco de quebrar."
O consultor ponderou que o rápido crescimento do franchising no Brasil -em dez anos, tornou-se a terceira potencial mundial no setor- trouxe algumas consequências negativas, como a queda da qualidade do sistema.
"Atualmente, o mercado está perdido e até caindo na mesmice." Um dos motivos é "a falta de percepção que alguns empresários do setor estão tendo no momento".
Mas o consultor também procurou mostrar que o panorama, apesar dos problemas atuais, ainda oferece perspectivas positivas.
Na sua avaliação, o sistema hoje está crescendo de uma maneira mais comedida e consistente.
"O setor deve voltar a ser visto como é: uma alavanca da economia, geradora de empregos."
O ideal é que as franquias atingissem o que ele classifica de "quarta geração", ou seja, quando não só acontece a transferência de know-how e colaboração na gestão da franquia, mas também uma troca de informações e uma valorização do papel do franqueado.

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