São Paulo, segunda-feira, 3 de novembro de 1997![]() |
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Fenômeno é "inimigo nº 1"
FÁBIO ZANINI
Inimigo O novo "inimigo público nº 1", que provoca o aquecimento da atmosfera e pode causar enchentes no Estado, desbancou até mesmo o amaldiçoado vento Sul, que sopra diariamente no início da tarde e era responsabilizado por gripes, rouquidão e dores de cabeça. "Há meses que não se fala em outra coisa", declarou Hans Prayon, presidente da Associação Comercial e Industrial de Blumenau, que registrou faturamento 40% menor que o previsto durante a Oktoberfest. "Diariamente, a imprensa produz reportagens sobre as catastróficas consequências do fenômeno", disse Prayon, que, evidentemente, responsabiliza o El Niño pelo prejuízo. Furioso Em Florianópolis, os comerciantes também ficaram furiosos com o fenômeno. As vendas de malhas despencaram no inverno, considerado o mais quente dos últimos 20 anos. "Quase fui à falência por causa deste El Niño, que espantou a freguesia. Foi a temporada mais fraca que eu já vi", afirmou o camelô Afonso Gonçalves, que tem uma barraca no centro de Florianópolis. Nem os acidentes com aviões escaparam. "Acho que existe uma relação", disse o ex-governador Casildo Maldaner (PMDB), ao dar sua opinião, em entrevista a uma rádio, sobre os frequentes acidentes aéreos no Estado, que já mataram 22 pessoas este ano. A teoria, compartilhada por muitos, é simples: o El Niño aumentou o nível de poluentes na atmosfera e favorece a ocorrência de queimadas junto a aeroportos, o que estaria atrapalhando a visão dos pilotos. (FZ) Texto Anterior: El Niño provoca praga de borrachudos Próximo Texto: Lei proíbe em SP trabalho de menores Índice |
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