São Paulo, segunda-feira, 3 de novembro de 1997
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Empresa deve criar gestão flexível

DA REPORTAGEM LOCAL

A sobrevivência e a eficácia das empresas dependem da capacidade de adaptação rápida às modificações. Para alcançá-la, é necessária a adoção de procedimentos de gestão que garantam flexibilidade e descentralização.
Essa é a conclusão da tese de doutorado de Maria Cristina Sanches Amorim, 35.
A pesquisadora sugere um modelo de gestão que se dê a partir de problemas, cuja responsabilidade de resolução seja atribuída a todas as esferas da instituição.
"Hoje os modelos são rígidos e centralizados e não acompanham a revolução tecnológica. Quando a administração começa a atrapalhar a produção, percebe-se que os modelos de gerenciamento em uso estão inadequados."
Em sua proposta, que chama de gestão flexível, Maria Cristina ressalta que é preciso enfatizar a comunicação entre as pessoas na dimensão individual e institucional. Segundo ela, a tomada de decisões deve partir de um consenso, ao contrário do que se observa normalmente, quando "à arraia miúda cabe colocar em prática as determinações superiores".
As mudanças, no entanto, devem levar em conta a história e a cultura das instituições. "Uma experiência bem sucedida em uma empresa pode não significar o mesmo resultado em outra."
É importante, diz ela, que as alterações sejam feitas gradativamente para evitar riscos e desperdício. "Os procedimentos tomados até então podem até ser parcialmente preservados, desde que subordinados funcionalmente às exigências da economia globalizada."
Depois de implantar a gestão flexível em seis empresas de São Paulo, Maria Cristina observou que se ganhou em eficácia, em capacidade de ação e em economia de recursos.

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