São Paulo, segunda-feira, 3 de novembro de 1997
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Primeiro teste será a CPFL

DA REPORTAGEM LOCAL

O grande teste para a privatização das empresas estaduais, depois da crise das Bolsas de Valores nos últimos dias, será o leilão da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), marcado para quarta-feira.
Com a retração de outras fontes de recursos externos, tornou-se crucial para o governo federal -e também para o Estado de São Paulo- demonstrar que continua existindo interesse de empresas estrangeiras pelo processo de privatização em curso no país.
Antes dos problemas com as Bolsas, o mercado indicava que o preço de venda da CPFL, cujo valor mínimo é de R$ 1,77 bilhão, poderia chegar a cerca de R$ 3 bilhões.
Esses cálculos baseavam-se, em parte, no resultado do leilão, há duas semanas, da CEEE, a empresa energética do Rio Grande do Sul, dividida em dois segmentos e vendida com ágio mínimo de 82%. O governo gaúcho embolsou R$ 3,1 bilhões com essa venda.
A crise das Bolsas mudou substancialmente o cenário econômico-financeiro, a começar pelo nível das taxas de juros. Isso pode desestimular o interesse de participação no leilão de grupos empresariais que contavam poder comprar a CPFL com financiamento relativamente barato.
Também se alteraram as perspectivas para a expansão, a curto prazo, da CPFL.
Especialistas do mercado lembram, porém, que nesse tipo de venda as principais razões para uma oferta de compra são as possibilidades de negócios a médio e longo prazos, que não foram necessariamente afetadas pela atual crise dos mercados financeiros.
Ficou mais complicado, de qualquer forma, tentar prever o número de participantes do leilão da CPFL e suas propostas de compra.

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