São Paulo, segunda-feira, 3 de novembro de 1997
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Para boleiros, alforria só vale para craques

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Andrey, Anailson, Jorginho, Rodrigo e Rogério têm 17 anos e foram campeões mundiais juvenis com a seleção brasileira no Egito, em setembro. Nos clubes, a maioria ainda recebe uma ajuda de custo (exceto Andrey e Anailson, que já têm contrato assinado com o São Paulo e o Rio Branco, respectivamente). Para eles, não é hora do passe livre:
"Os juvenis estão fora da vitrine do futebol profissional, e não há tantas opções de escolha."
Andrey Mayr (lateral do São Paulo)

"Quem começa em uma equipe grande não é muito observado. Com o passe livre, se uma equipe menor se interessar pelo seu futebol, fica mais fácil sair."

Jorge Henrique Amaral de Castro (lateral do Palmeiras)
"Tenho medo de ter o passe e ficar perambulando por equipes da 2ª divisão ou sem clube."

Rodrigo Lacerda Ramos, o "Ferrugem" (meia do Palmeiras)
"O clube que vende o jogador quer reembolso pelos gastos em sua formação. Com o passe livre, as equipes podem não querer ajudar os atletas."

Rogério César Júnior (zagueiro do Palmeiras)
"No Rio Branco, muitos jovens querem trocar de equipe, e o clube dá o passe. Mas, se eles não gostam, não podem voltar. É melhor ter certeza de estar em um clube."

Anailson Brito Noleto (atacante do Rio Branco de Americana)

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