São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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FHC tenta acalmar mercado financeiro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniu ontem com parlamentares e ministros da área econômica para tentar apressar as reformas e acalmar o mercado financeiro. Depois de quase três horas de encontro, nenhuma medida concreta foi anunciada.
O objetivo do governo foi aumentar a confiança dos investidores estrangeiros na aprovação das reformas estruturais. Com as reformas administrativa e da Previdência, se reduz o déficit público e o risco Brasil.
"O que o governo pôde fazer durante a turbulência, ele já fez. O importante é que Executivo e Legislativo dêem um sinal positivo de que vai se tomar medidas para fortalecer a economia", disse Sergio Amaral, porta-voz da Presidência.
"Quanto mais sinais positivos nós conseguirmos dar, mais depressa a taxa de juros poderá cair", completou.
Segundo Amaral, o presidente "enfatizou" que o Brasil precisa dar novos sinais positivos para se defender de "eventuais turbulências no futuro". FHC disse, segundo relato obtido pela Folha, que quer trabalhar "em cima de um clima de crescimento", mantendo o "farol alto".
Depois do apelo, FHC conseguiu dos presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), a promessa de que o Congresso vai trabalhar sábados e domingos para votar os projetos de interesse do governo. "É o esforço concentrado", disse Temer.
A previsão é que a Câmara encerre a votação da reforma administrativa no próximo dia 12 e aprove em primeiro turno, até 15 de dezembro, a reforma da Previdência.
Também entraria no "esforço concentrado" a aprovação do Orçamento pelo Congresso, do FEF (Fundo de Estabilização Fiscal) e do SFI (Sistema Financeiro Imobiliário) pelo Senado.
Michel Temer acha que é difícil que não haja convocação extraordinária do Congresso.
"É difícil não ter convocação por causa da tramitação das medidas provisórias. Aproveitaríamos para votar o segundo turno da Previdência na Câmara e a reforma administrativa no Senado", disse.

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