São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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'Brasil em Ação' será mantido

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, afirmou ontem que o programa "Brasil em Ação" não será afetado pelo esperado corte de gastos orçamentários. O programa reúne as 42 obras sociais e de infra-estrutura consideradas prioritárias pelo governo. É uma das armas da campanha eleitoral do presidente Fernando Henrique Cardoso, candidato à reeleição.
O programa reduz custos de produção e gera condições de investimento", argumentou Amaral. O "Brasil em Ação" prevê gastos orçamentários de R$ 5,5 bilhões em 97 e de R$ 6,2 bilhões em 98.
Até agora, o governo ainda não anunciou os cortes necessários no Orçamento. Fala-se em algo entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões, mas a maior parte desse valor se refere a gastos que já estavam bloqueados.
Amaral disse que ainda não se decidiu o valor dos cortes orçamentários, mas disse que devem ser atingidos os recursos de custeio (manutenção básica da máquina administrativa), e não os de investimento.
Por esse raciocínio, cortar investimentos seria elevar o risco de recessão gerado choque de juros da semana passada.
Amaral citou os setores habitacional e agrícola como prioritários. "Mas pode haver uma ou outra área com um pequeno corte."
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente, disse que cortes orçamentários são necessários para que o governo possa "reverter a medida mais dura, que foi a elevação dos juros".

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