São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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Secretário refuta adiamento da privatização

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário da Energia do Estado de São Paulo, David Zylbersztajn, disse ontem que a manutenção da data do leilão de privatização da CPFL contribui para a retomada do clima de confiança na economia brasileira, depois da crise nas Bolsas da semana passada, e refutou o seu adiamento.
"Vai ser um ponto positivo. O Brasil precisa recuperar a confiança na economia. O leilão dá um salto qualitativo em relação a isso, pode melhorar o conceito da economia como um todo. Essa é nossa contribuição", afirmou.
Segundo ele, o adiamento do leilão nunca foi cogitado. "Estivemos no olho do furacão. Mas (adiar) seria um prejuízo político. Daria sinal de fraqueza e de incerteza. Afinal, a crise não poderia se estender durante tanto tempo. E o preço mínimo da CPFL não foi baseado em suas ações, mas no valor econômico da empresa."
Na semana passada, em função da crise que atingiu as Bolsas de Valores de todo o mundo, analistas chegaram a temer pelo fracasso do leilão, propondo, inclusive, o seu adiamento.
Zylbersztajn afirmou ainda que a participação de quatro consórcios no leilão de hoje corresponde às expectativas do governo e evitou fazer comentários sobre um eventual ágio durante a venda.
"O que o empresário pode vislumbrar para o futuro da empresa é o que caracteriza o ágio. Não faço estimativas. O que existe é especulação. Mas o que vier a mais é um resultado melhor do que se esperava", afirmou Zylbersztajn.
O secretário também anunciou sua disposição em colaborar para a viabilização da presença dos funcionários da CPFL como acionistas da empresa. "A participação deles é nosso compromisso", declarou Zylbersztajn.

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