São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997 |
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Como funciona o esquema 1. Funcionários da Câmara indicam o chefe de fiscalização na administração regional 2. O chefe da fiscalização recomenda o fiscal da área onde o camelô clandestino pretende trabalhar 3. O fiscal define o valor do ponto e da propina e escala quem é o "patrão", camelô que faz a cobrança e o recolhimento da propina 4. O "patrão" determina onde será o ponto, o horário de trabalho, o tipo de mercadoria que o camelô irá vender e quem será o fornecedor - O preço da propina dos camelôs . Regional Sé Locais: Praça da Sé, rua Direita e rua Barão de Itapetininga Propina semanal (em R$): 10 a 250 . Regional Santana Local: Av. Voluntários da Pátria Propina semanal (em R$): 30 a 150 . Regional Santo Amaro Local: Largo 13 de Maio Propina semanal (em R$): 20 a 200 . Regional Lapa Locais: Rua 12 de Outubro e rua Monte Alegre Propina semanal (em R$): 30 a 100 . Regional Penha Locais: Av. Penha de França e largo 8 de Setembro Propina semanal (em R$): 10 a 30 - O que determina o preço da propina . Tamanho da barraca - quanto maior for a barraca, mais ela vai atrapalhar o trânsito de pedestres e mais os comerciantes vão reclamar. Portanto, a propina deve ser maior . Ponto-de-venda - locais como a Rua Barão de Itapetininga, a av. Voluntários da Pátria e o largo 13 de Maio são considerados os melhores pontos da cidade e supervalorizados pelos fiscais . Tipo de mercadoria - produtos eletroeletrônicos contrabandeados do Paraguai são as mercadorias mais rentáveis e custam a propina mais alta. Isqueiros e canetas são os produtos que acarretam a menor propina . Quem paga mais - mesmo que o camelô pague religiosamente a propina cobrada, ele pode ser "despejado" se houver outro ambulante interessado pelo ponto e dispoto a pagar mais Fontes: Câmara Municipal e Prefeitura de São Paulo Texto Anterior: Corrupção de fiscais passa pela Câmara Próximo Texto: Só falta agora a Vera Loyola virar condessa Índice |
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