São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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TAM quer US$ 115 mi da Fokker por queda

Valor cobriria indenizações

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A seguradora da TAM está pedindo US$ 115 milhões à Fokker pelo acidente ocorrido com o vôo 402, em 31 de outubro do ano passado.
Segundo a TAM, a iniciativa é da Lloyds, de Londres, para se prevenir de eventuais indenizações que tenha de pagar.
A Lloyds funciona como resseguradora da TAM, isto é, assume responsabilidades junto com a Unibanco, seguradora original.
Os US$ 115 milhões constam de lista de credores apresentada ontem, na Holanda, pelos atuais administradores da Fokker.
A empresa holandesa faliu em março e a Justiça está levantando todas as suas dívidas já existentes ou futuras.
Segundo Jan Koetsier, que se identificou como advogado da TAM na Holanda, é a companhia brasileira que aparece como credora da Fokker. No Brasil, a TAM diz que ele trabalha para a Lloyds.
A TAM estaria responsabilizando a Fokker pelo desastre, em que morreram 99 pessoas. O avião caiu logo após a decolagem sobre algumas casas na região do Jabaquara (zona sudoeste de SP).
Koetsier admite que o relatório final sobre o caso ainda não saiu, mas acrescenta: "Não dependemos só dessas investigações, pois também temos nossas próprias informações".
Investigação
A TAM participa com seis funcionários da comissão de investigação montada pela Aeronáutica, que ainda não divulgou publicamente suas conclusões.
O valor pedido teria como base o que foi pago às vítimas do acidente e a estimativa sobre o que ainda será pago em novos processos.
Por enquanto, a TAM só sofre dois processos, no Brasil, que estão na fase inicial.
A companhia oferece R$ 145 mil às famílias que se comprometam a não exigir na Justiça mais direitos relativos ao acidente. Segundo a TAM, 18 famílias -que não identifica- fizeram esse acordo.
A TAM afirma que essa indenização é quase dez vezes o valor fixado pelo Código Brasileiro do Ar.

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